Saiba o que faz e quanto ganha o suplente de vereador
Candidatos a vereador que não conseguem votos suficientes passam a ser os 'reservas' dos que tiveram sucesso na eleição
Derick Toda
Com o final da disputa eleitoral para as câmaras municipais, que envolveu mais de 440 mil candidaturas espalhadas em todo o país, a dúvida sobre suplente de vereador, como o que é, que faz e quanto ganha, foi um dos assuntos mais buscados, de acordo com o Google Trends.
Os suplentes nada mais são do que os substitutos dos vereadores eleitos. Eles ocupam o cargo no caso do vereador assumir uma função no Executivo, em situação de renúncia, decisão judicial, licença medica ou até mesmo morte.
O salário do vereador varia de cidade para cidade e não há uma padronização. Entre as capitais brasileiras, Vitória tem o salário relativamente mais baixo, cerca de R$ 9 mil, enquanto a remuneração chega a R$ 24 mil em Salvador. No entanto, o suplente de vereador só passa a ser remunerado após assumir o cargo.
Quem assume o cargo?
Diferente do que acontece com um senador, prefeito ou governador, que concorrem com um vice pré-definido, o vereador eleito pelo partido Y, por exemplo, será substituído pelo primeiro suplente mais votado da mesma sigla Y e não há um número de votos mínimos, segundo o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo.
Ou seja, se o partido tem dez candidatos e apenas um foi eleito, todos os outros noves ficam como substitutos, assumindo pela ordem dos mais votados.
A vaga de suplente fica com o partido, e o político não leva o posto se trocar de sigla. Em caso do substituto sofrer um processo de cassação, morrer ou simplesmente desistir do cargo, o próximo substituto avança na fila.
Em São Paulo, o ex-secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Carlos Bezerra Jr (PSD), candidato à reeleição como vereador, não conseguiu se reeleger, mas se tornou o mais votado como suplente, com 37.571 votos.
Na sequência, aparecem nomes que fracassaram na reeleição, como Paulo Frange (MDB), e outros conhecidos midiaticamente, como o delegado Roberto Monteiro (União) e a Nise Yamaguchi (União), médica que defendeu tratamento com cloroquina sem comprovação científica durante a pandemia da Covid-19.